sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O melhor e menos conhecido trabalho de Tim Maia

Ae moçada , sexta feira 14/12 tem um especial do Tim maia, depois do globo repórter. Deve tá massa essa homenagem pro gordinho, vou conferir.
Mas minha intenção aqui não é aumentar a audiência da Globo, e sim falar do melhor e menos conhecido trabalho de Tim Maia.
Se James Brown era o fodão do black music , Tim Maia foi nosso maior super fodão do black e Soul music no Brasil.


Nossa figura rechonchuda foi passar uns tempos nos States e voltou impreguíguí de black music americana.

A carreira de Tim mais parecia uma montanha russa de períodos de altos e baixos. Muito se deve aos problemas com drogas e a fama de desmarcar shows em cima da hora.
Pouco antes de morrer, em 1998, Tim Maia voltou a cair nas graças do sucesso, foi regravado por Marisa Monte e Paralamas do Sucesso, e muitos tem na ponta da língua seus maiores sucessos, como “Você”, “Me Dê Motivos”, “Do Leme ao Pontal” e “Primavera”.
Mas a grande maioria desconhece uma fase de Tim, uma fase que rendeu [para muitos] sua melhor obra. Em parte por culpa do próprio Tim Maia, que fez de tudo para apagar isso de sua biografia. E o que diabos o levaria a omitir do público o que poderia ser sua melhor obra? Não parece muito racional.
Mas, com perdão do trocadilho, é racional, já que foi a época em que o cantor abraçou a filosofia da seita Universo em Desencanto. Tim grava e produz seus dois LP´s “Tim Maia Racional”.


Mas Tim Maia não durou muito na seita, já que suas experiências de transcendência ou seja lá o que diacho ele esperava disso, não se concretizaram, e ele ficou de tôca, a ver navios.
O interesse nesses dois discos de Tim, vai além de uma curiosidade, Tim abusou em suas letras da divulgação da filosofia racional e da convocação para lerem o tal livro Universo em Desencanto. Ele age como uma tentativa de lavagem cerebral. Mas longe dessa chatice repetitiva, as músicas são excelentes exemplos do melhor da black music e soul, desde que se ignorem os apelos do velho síndico a ler o tal livro.
Os músicos estavam em estado de graça, e a voz de Tim do caralho.
Podemos encontrar ótimas musicas nesses dois discos como “Imunização Racional (Que Beleza)” ; “Bom Senso”; “Rational Culture”; “Guiné Bissau, muçambique e angola” e a música “O Caminho do Bem” que fez parte da trilha sonora do filme “Cidade de Deus”.


3 comentários:

Anônimo disse...

Tu tá é ganhando comissão da globo, eu aposto!


:P



Tim Maia era incrivel mesmo...

rodrigomovies disse...

Maurilão,uma informação legal desse disco,tem uma banda chamada Instituto e a Seleta coletiva que ta fazendo um show em homenagem a esse disco, assisti ele no Terra Festival em sp, com participação do B Negão, o disco é fodaço mesmo.

Anônimo disse...

Ae xará,

A Cultura Racional não é uma seita, não tem casa de pregação, nem orações, tampouco autoridades sacerdotais.

Trata-se de um conhecimento trazido à Terra em virtude do processo evolucionário natural.

Evoluimos ao ponto de termos condições de entender quem somos, o porquê assim somos, de onde viemos e para onde vamos e como deixar de assim sermos: sofredores e mortais.

Falow brow?