Santos e Demônios

Quem não tem seus demônios em baixo da cama?
Então, o músico Dito Montiel resolveu enfrentá-los e escreveu um livro autobiográfico, sendo um pouco mais específico, num quente verão Novaiorquino de 1986.
Dito, na vida real, escreveu o livro para tentar apagar ou desculpar-se com os demônios que ficaram atormentando sua mente desde aquele ano de 1986. Do livro para telona foi questão de tempo. Ele roteirizou e dirigiu o filme, para tentar ficar em paz com os assuntos mal resolvidos do passado.

O filme tem partes tensas. Você acaba se envolvendo nas historias de Dito e seus amigos de infância. Passa a fazer parte daquela situação. Até o calor do verão parece que atravessa a tela da TV.
Robert Downey Jr. interpreta Dito nos tempos atuais e o jovem Shia LaBeouf, o astro do momento, representa o Dito quando jovem.
[Sim, o filme é feito de flash back]
Passado e presente em fusão. Eu sempre gostei dessa linguagem de ir e vir, mostrar o passado e ao mesmo tempo revelar coisas no presente.

Santos e demônios foi Premiado no Sundance e no Festival de Veneza. É como se fosse o grito preso que devia ter saído na hora das discussões em família, dos bate-bocas e das angústias que ficam para resolver depois. Uma discussões mal resolvida. É isso que o filme passa pra gente que assiste. Alguns podem achar o filme violento, na minha opinião, tem um meio termo.

Eu particularmente gostei do resultado. Mas acho que nesse filme poucos são os santos, mas os demônios... esses estão em toda parte.